Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

HISTORIA DO BRASIL





Janio Quadros e João Goulart

A sucessão de JK se deu numa disputa presidencial entre os principais candidatos: Janio Quadros (da UDN) e Marechal Teixeira Lott (já como figura conhecida), respeitado entre os militares, mas que não empolgava a massa popular.

Janio conseguiu perceber que o tema da moralidade publica tinha um rendimento popular, e apostou nisto. Ele se tornou um grande personagem do ponto de vista político, ganhando com grande vantagem de Lott. Em sua campanha era cantado o bordão: “Varre, varre vassourinha, Varre, varre a bandalheira. O povo esta cansado de sofrer desta maneira.”

O governo de Janio foi muito breve, durando poucos meses. Pela primeira vez um presidente tomava posse em Brasília. Aconteceu, entretanto uma coisa curiosa que iria marcar a historia política dos anos seguintes; o vice-presidente eleito era Jango, da chapa que não tinha o apoio da UDN. Isso aconteceu porque na época era possível votar em diferentes chapas para candidatos a presidência e como vice. Isso resultou num problema que se tornou muito grave a partir da renuncia de Janio. Como se explica esta renuncia?

Janio realizou uma política conservadora, tentando reorganizar as finanças e controlar a inflação. Ao mesmo tempo adotou uma política progressista no plano das relações internacionais. Em pouco tempo Janio perdeu o melhor dos apoios que tinha, junto a UDN. A esquerda não confiava nele, os nacionalistas também não. Diante deste quadro, Janio imaginou um espetáculo de renuncia, do qual ele voltaria mais fortalecido. Isso parecia um expediente que daria certo, mas deu inteiramente errado quando não se discutiu praticamente a sua renuncia. Após o retorno de Janio a São Paulo, nada realmente aconteceu e o fato ocorrido foi que ele abriu com este gesto um vazio traumático na política brasileira.

O vice-presidente que deveria tomar posse era João Goulart, uma figura muito controvertida, que era criticado fortemente pelos meios militares que haviam apoiado Janio.

Houve nas primeiras semanas após a renuncia de Janio, a impressão de um possível golpe que impediria a posse de Jango, mas afinal se chegou a um acordo que instituía no Brasil um regime parlamentarista, no qual o presidente teria alguns poderes, mas deveria seguir os parâmetros do Parlamento, através das decisões de um 1º ministro.

O período do governo de Jango pode ser definido como de um populismo radical. Houve um comício em março de 64, no RJ, na Central do Brasil, no qual ele anunciou uma serie de medidas de reformas perante uma multidão. Dando-se a impressão no inicio, das chamadas Reformas de Base, como a Reforma Agrária, a Reforma Urbana, que conduziria o país, na visão dos conservadores, a um rumo desconhecido.

Desde então houve uma mobilização social anti-Jango, feita por uma classe media atemorizada de forma que levou a organização de uma base social civil contra Jango.

Em abril de 1964, se instaurava o primeiro Regime Militar no Brasil, que iria durar até o começo dos anos 80, “em nome da segurança nacional”, com a cassação do mandato de João Goulart.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua Opinião (: