Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

sábado, 10 de julho de 2010

HISTORIA DO BRASIL



REPÚBLICA VELHA

Proclamação da Republica com duas forças políticas em oposição:

Partido Republicano Paulista e partidos regionais – preocupados com os interesses regionais das elites que pretendiam ter uma Republica pouco centralizada, dando maiores poderes aos Estados.

Militares – pretendiam uma Republica centralizada e autoritária, estavam preocupados com a unidade nacional.

Esta disputa foi ganha pelas elites civis.

Nos primeiros governos de Deodoro e Floriano a estrutura militar prevaleceu, logo depois se tornando uma Republica Civil. A prova do triunfo civil foi a Constituição Republicana, aprovada em 1891, era o modelo da Rep. Federativa do Brasil, que ficava dividido em estados, unidos por uma federação. A Constituição seguia o modelo Americano de 3 poderes: Executivo (executa as leis), Legislativo (faz as leis) e Judiciário (julga).

O voto era permitido às pessoas alfabetizadas, que representava uma pequena parte da população de alta classe.

Havia um instrumento que convidava a fraude eleitoral, o voto não era secreto, e por isso dava margem a pressões eleitoreiras.

O Brasil ainda contava com regiões não ocupadas nos sertões. Havia um pensamento econômico de que o Brasil era essencialmente agrícola.

A 1ª Republica baseava-se numa economia agrícola destinada a exportação. Neste momento houve um grande impulso de desenvolvimento nas regiões do Sudeste em decorrência da produção de café em SP e do Sul com a característica de pequenas propriedades.

Na Região Norte surgia a atenção para a produção de borracha. Até 1910, este foi o 2º produto de maior exportação no Brasil. A borracha gerou uma grande riqueza naquela região, pois havia uma procura intensa deste produto devido aos fabricantes de bicicleta e depois com o surgimento do automóvel.

A paisagem de Manaus e Belém foi transformada em virtude da produção da borracha, principalmente na arquitetura. Até que se inicia a crise da borracha quando as colônias inglesas na África e Ásia tornaram-se fortes concorrentes do Brasil.

Neste ponto enquanto varias regiões desenvolviam-se, outras como no campo e no Nordeste estavam extremamente pobres.

Essas populações carentes que eram a massa trabalhadora dos grandes proprietários de terra tentavam precariamente se organizar diante da liderança de alguns homens.

Dos mais importantes movimentos do campo em contestação foi o de Canudos, no norte da Bahia, entre 1893 e1897. O líder missionário deste grupo era Antonio Conselheiro, que reuniu pessoas que eram atacadas pela seca, pelas más condições de vida, que buscavam uma união comunitária a fim de melhorar suas condições de vida e de trabalho.

O Governo da Republica, sem tomar conhecimento das reais necessidades daquele povo, resolveu liquidar o movimento. Canudos não se rendeu, resistindo até o seu esgotamento completo com todos mortos diante de um exercito de 5 mil soldados.

O Rio de Janeiro passava por uma grande transformação urbana com as reformas do Centro e a construção de avenidas. O governo passou a retirar a população pobre daqueles locais e aplicar neles a vacina. Foram transferidos com muita resistência para os subúrbios e favelas que começaram a se montar, eles eram responsabilizados pela crise moral e higiênica da cidade. Em 1904 acontece a revolta da Vacina.

Surgiam nas principais capitais as primeiras fabricas de fundo de quintal e outras de grande porte. Em SP surgiam os bairros operários, onde antes havia chácaras.

Este impulso de desenvolvimento em SP foi gerado pela atividade cafeeira, e com a expansão da economia vinha a urbanização, criando um mercado interno para os produtos industriais.

A indústria começou a crescer no país.

Desde 1870 começou o fenômeno da Imigração em massa para o Brasil, no Sul com alemães e em SP com italianos e japoneses. Nesta época a Europa passava por crises de pobreza o que levava às populações a intenção de “fazer a America”, assim como os fazendeiros de café que precisavam de muita mão de obra desde o fim da escravidão.

Os Imigrantes foram responsáveis por trazerem para o Brasil, as idéias socialistas, dentre estas, de grande importância no Brasil foram os Anarquistas e Sindicalistas, que pretendiam reforçar o papel do sindicato, transformá-lo em um órgão revolucionário para promover uma revolução social no Brasil. Eram os defensores dos direitos trabalhistas.

1ª Guerra Mundial 1914-1918

Depois da guerra a ideologia anarquista foi descartada, pois não trazia soluções efetivas aos trabalhadores. De outro lado houve a instalação da Rev. Russa (1917) – que dava muita importância ao socialismo de Estado.

No Brasil isso deu origem à formação do Partido Comunista em 1922.

A organização dos trabalhadores mesmo frágil teve momentos de grande efervescência entre 1917 e 1921, que em conseqüência da carestia fomentaram grandes greves de grande importância em SP, RJ e nos principais portos do Brasil.

Sinais de crise na 1ª República

Um destes sinais foi o Movimento Tenentista, como representação de insatisfação dentro do exercito e da marinha contra a oligarquia. Porque sonhavam com uma Republica centralizada, unificada, que não favorecesse os estados maiores.

Os tenentes percorreram 24 mil km, chefiados por Luis Carlos Prestes (futuro comunista) e Miguel Costa. Em 1927 este movimento terminou com o exílio de grande parte dos tenentes e prisão de outros.

SP e MG fizeram uma aliança: a República do Café com Leite, que durou até o fim da 1ª república. São Paulo e Minas Gerais como pólos de predominância econômica no Brasil. Nas disputas políticas entravam também os governos do Sul.

Para as eleições de 1930, houve uma quebra na aliança SP e MG. Em conseqüência disso, MG se alia ao RS e lança Getúlio como candidato, esta aliança representava interesses econômicos não vinculados ao Café. Era a Aliança Liberal que acabou perdendo esta eleição para Julio Prestes (SP e PB), que era acusado de fraude.

Um setor da Al.Lib. não conformado começou a projetar uma Revolução, buscando reunir forças armadas com os Tenentes.

A revolução triunfou no Nordeste com colaboração popular sob a chefia de Juarez Távora, no Rio Grande do Sul também teve êxito reunindo o exercito que percorreu sul e sudeste até a capital RJ, onde acabou tomando o poder com a nomeação de Getulio Vargas.

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