Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

HISTORIA DO BRASIL




A LINHA DURA

O ano de 1968 foi um ano muito especial no mundo inteiro. Um ano que teve um grande movimento popular na França pela mudança não só das instituições, mas pelos costumes políticos, falava-se da “Imaginação no poder”. 68 sacudiu o mundo em todos os planos principalmente no campo da cultura. Isso se refletiu no Brasil como registrado pela explosão, do Tropicalismo. Em resumo, Caetano dizia: É Proibido Proibir!

Aquele clima de 68 redundou numa serie de movimentos de uma classe media mobilizada pela oposição à ditadura. Houve a passeata dos 100 mil no Rio, pela democratização, acontecida após a morte violenta de um estudante nas ruas.

Esta mobilização deixou a convicção ideológica para os militares de que qualquer abertura redundava em desordem então para eles era preciso endurecer, cercar, fechar, usar de poderes excepcionais no combate à subversão.

Como conseqüência foi baixado o AI5 com o endurecimento do governo militar, voltavam as cassações, e o fechamento político geral sem prazo para terminar conforme fosse necessário a Linha Dura.

A partir de 69/70 começaram a surgir ações de luta armada como a Guerrilha do Araguaia. Estava por trás da luta armada a idéia de que por métodos pacíficos seria impossível derrotar a Ditadura. Outra força armada era a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que teve como figura central Carlos Marighela, que acabou sendo morto pela repressão. Depois houve outros grupos como o MR-8 e a Vanguarda Popular Revolucionaria com o Capitão Lamarca.

Esta idéia da luta armada foi muito influenciada pelo clima existente diante do êxito da Revolução Cubana, que foi algo espantoso.

O regime militar então desencadeou uma repressão feroz e violenta sobre esses grupos. Foi a partir de 68 que a tortura se tornou sistemática no país, como um instrumento político. Desde então muitas pessoas passaram a ser violentadas e mortas e o regime militar apresentava a sua face mais obscura.

Costa e Silva ficou doente e foi afastado do poder, houve uma nova eleição fechada com a nomeação de Emilio Garrastazu Médici. O nome de Médici está ligado a fase mais difícil da repressão no Brasil. Milhares de pessoas se tornaram desaparecidos políticos.

Ao mesmo tempo o governo de Médici foi contraditório, porque ao lado da brutal repressão ocorreu o chamado “Milagre Econômico”, que só foi possível graças ao saneamento financeiro organizado no governo de Castelo Branco.

A economia brasileira cresceu a taxas extraordinárias, mas começou a acentuar o processo de dependência do financiamento externo.

Médici como representante da Linha Dura, não conseguiu fazer seu sucessor.

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