Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

domingo, 11 de julho de 2010

HISTORIA DO BRASIL




A Era Vargas

Getulio se transforma num personagem centralizador e modernizador do país e com fortes traços autoritários. Ficou no poder de 30 a 45.

Getulio enfrentou forças internas de seu governo e externas da oposição. Dentro das forças que o apoiavam houve problemas ideológicos com o tenentismo, que exigia suas idéias próprias ao governo. Este confronto acabou com o triunfo de Vargas.

Os problemas externos vinham das elites regionais nos estados, que não se conformavam com o regime centralizador de Vargas. O caso mais grave era o confronto entre o governo Central e a elite paulista, isto deu origem a muitas resistências que acabou gerando a Revolução de 32. São Paulo lutou durante um bom tempo sozinho, mas foi derrotado pelas forças do Exercito Nacional.

Na Revolução Constitucionalista de 32 os revolucionários queriam interromper o Governo Provisório e ditatorial de Getulio para que houvesse uma nova Constituição democrática no país. A Revolução foi derrotada pelas armas, mas no contexto das exigências constitucionalistas foi vitoriosa, pois levou a necessidade de dar uma ordem legal ao país, interrompendo a ditadura de Vargas. As eleições foram realizadas em maio de 1933, para compor uma Assembléia Constituinte que aprovou a nova Constituição em 1934.

Entre as leis aprovadas estavam; a jornada trabalhista de 8 horas diárias, a proibição do trabalho aos menores de 14 anos, o repouso semanal obrigatório, férias remuneradas e a instituição do voto secreto. Esta mesma Assembléia elegeu Getulio Vargas indiretamente para a presidência.

Mudanças a partir de 1930:

Na economia com alta produção de café, a oferta ficou maior que a demanda no mercado externo. Organizou-se a política da queima do café, onde o governo comprava e queimava os excedentes do café para regular sua oferta no mercado internacional.

Houve também a expansão da produção do algodão, que veio como socorro às exportações brasileiras durante a crise do café e isso tem a ver com um fenômeno que ocorria na Europa que foi o fortalecimento da Alemanha nazista que começou a comprar em grande escala o algodão brasileiro para a produção de tecidos.

O impulso inicial da industrialização brasileira foi proporcionado pelos resultados da crise mundial; a quebra da Bolsa de NY.

Neste momento havia uma desvalorização da moeda brasileira (os mil reis), pois a exportação também sofreu uma queda, causando uma diferença na balança comercial, que ainda dependia de importações. Assim a economia brasileira foi incentivada a substituir suas importações por uma produção interna de bens industriais.

A partir de 1930, com exceção dos japoneses, a mão de obra estrangeira deixou de vir para o Brasil. Então as migrações internas passaram a acontecer com trabalhadores vindos de Minas Gerais e do Nordeste principalmente, que passaram a atuar na indústria e na construção civil.

Outras reformas do governo Getulio: A implantação do ensino técnico, com a preocupação com a industrialização e a qualificação profissional dos trabalhadores. A padronização do ensino nos níveis secundário e universitário, enfim uma melhora significativa na área da educação.

No entanto o governo Getulio também liquidava as organizações sindicalistas de uma forma autoritária, o que teve como conseqüência posterior o surgimento dos movimentos sociais, em maior numero, destacando-se: o INTEGRALISMO, de extrema direita e o COMUNISMO, de extrema esquerda.

O Integralismo estava inspirado no fascismo, com a liderança de Plínio Salgado de SP. Eram nacionalistas, totalitários, adversários das liberdades democráticas e queriam um regime de partido único. Apoiavam Getulio Vargas com a intenção de chegar ao poder. Getulio lhes deu algumas projeções no governo até o golpe do Estado Novo, em 1937, e a partir daí os Integralistas foram marginalizados, deixando de ter importância política.

Os comunistas tinham outra tática, a de enfrentamento e oposição ao governo. Formaram a Aliança Nacional Libertadora com a intenção de organizar uma frente popular contra o governo, com a proposta de grandes reformas no país.

O governo getulista fechou a ANL, aplicando uma legislação repressora que era a Lei de Segurança Nacional, que deixava alguns comunistas na ilegalidade, como Luis Carlos Prestes. Eles tinham partido com a intenção de uma revolução que resultou numa aventura que foi a Intentona Comunista de 1935. A conseqüência disto foi o pretexto que o governo de Getulio e a cúpula do exercito precisavam para instaurar a repressão no país e preparar o caminho para um regime autoritário.

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