Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

terça-feira, 13 de julho de 2010

HISTORIA DO BRASIL



Período Democrático

Um pouco antes da destituição de Getulio Vargas começou a constituição dos partidos políticos que iriam existir durante os anos democráticos de 45 até 64.

Os principais partidos foram:

A UDN – União Democrática Nacional, que representava os opositores a G.V.

O PSD, que era uma invenção de Vargas, e reunia a burocracia do Estado Novo e setores rurais

O PB, que pretendia organizar a classe trabalhadora urbana.

Depois da queda de Getulio, o governo foi assumido pelo presidente do Superior Tribunal Federal, Jose Linhares e foram preparadas novas eleições para 1945.

Na nova eleição Getulio foi eleito senador pelo RS. Para presidente disputavam dois candidatos: O General Dutra (figura central do Estado Novo) e o Brigadeiro Eduardo Gomes, candidato da UDN.

Dutra recebeu apoio de Getulio, atraindo a atenção da massa urbana e gerando sua vitoria.

Uma nova Constituição foi promulgada em 46, com características liberal-democráticas, estabelecendo a divisão entre os poderes políticos, o voto individual para a Câmara e o Senado e um capitulo exclusivo para as liberdades de expressão e democráticas, estabeleceu também o direito ao voto das mulheres.

Do ponto de vista econômico, passou-se ao modelo de maior controle do estado. E também no cenário internacional houve a caracterização sintomática da Guerra Fria, tendo à frente EUA e URSS.

Nas eleições de 1950, lançado pelo PTB, Getulio alcançava desta vez a vitoria pela via democrática. Getulio agora teve de se adaptar as condições do estado democrático, com disputas dentro do exercito, nas esferas sociais e um quadro econômico agravado pelos sintomas da inflação.

Continuou a existir um forte controle do Estado na economia. O momento mais forte foi o da luta pelo monopólio do petróleo, que deu origem à Petrobras.

O populismo era um fenômeno que se apresentava nos últimos anos do Estado Novo, a fim de unir uma frente política com o Estado, os trabalhadores urbanos e a burguesia empresarial nacional.

No segundo governo Vargas, o populismo tomou um aspecto muito mobilizador. Getulio estava convencido que podia se apoiar nas classes trabalhadoras urbanas como recurso político para seus objetivos.

Este foi um dos problemas que teve de enfrentar, pois assustava os setores conservadores da sociedade, especialmente os setores do exercito.

Uma das figuras centrais do populismo foi João Goulart, que era ministro do trabalho por Getulio. Os dois políticos tratavam de apoiar os movimentos grevistas, de conceder algumas reivindicações e conseguiam controlar os movimentos trabalhistas diante de certos limites.

Entretanto algumas manifestações foram além do controle do Estado, como a greve dos 300 mil em SP

A divisão política pró e anti-Vargas (a UDN), se tornou muito intensa. Em particular o jornalista Carlos Lacerda, que era diretor da Tribuna da Imprensa no RJ, se destacava nesta luta feroz contra Getulio Vargas.

Nos círculos do poder, no Palácio do Catete, surgiu a infeliz idéia de eliminar Carlos Lacerda. O atentado contra Lacerda foi um verdadeiro desastre, pois causou a morte de um companheiro dele, que se tornou um mártir para os opositores de Getulio.

A cúpula do governo foi acusada, inclusive o presidente da pratica de corrupção. Getulio dizia que havia um “mar de lama” a sua volta, e sentindo-se encurralado, acabou dando um tiro no peito em agosto de 1954, deixando uma carta testamento: “Lutei contra a espoliação do Brasil, lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calunia não abateram meu animo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte nada receito. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na historia.”

Diante de sua morte Getulio converte-se, perante as massas populares, num verdadeiro mito.

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