Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O PODER ESPIRITUAL NO ORIENTE MÉDIO




O PODER ESPIRITUAL NO ORIENTE MÉDIO

Poder Espiritual é o que permite um controle efetivo da moral e consciência numa comunidade inserida nos dogmas de certa ndivíduos desta comunidade possam agir de forma autônoma, justamente por firmarem-se em uma estrutura de organismo social pautada na ética de sua fé, que têm uma formação de longuíssimo prazo, como o Islamismo de cerca de 1400 anos e o Judaísmo de mais de 3000 anos, estes são levados a seguir os dogmas de sua religião independentemente de uma opinião própria, que neste caso não é possível que exista.
Nas reportagens selecionadas da Revista Atualidades – Vestibular + ENEM, edições 9 e 10, levantamos a questão do Poder Espiritual que vigora Oriente Médio há muitas gerações e desde os tempos da antiguidade serve de palco para diversos conflitos internos entre as diferentes etnias que convivem num mesmo território e externos contra o domínio do capitalismo nestas regiões. Este é um território cercado de contradições que resultam numa efetiva Guerra Santa, mesmo que disfarçada em questões político-militares.

A Revolução Islâmica
Esta é a temática da primeira reportagem pesquisada, que a principio aponta para a comemoração do 30º ano da instauração do regime dos Aiatolás no Irã.
A reportagem faz um breve histórico das condições de revoltas internas que levaram a cabo a ascensão dos xiitas ao poder do Irã.
Vale ressaltar a explicação dada sobre o significado dos termos islâmicos: Aiatolás - Líder Supremo do governo e Xiitas - religiosos muçulmanos extremistas. Estes são apresentados como parte da casta fundamentalista que apoiada pela maioria da população, sobrevive com força no Irã.
O texto apresentado aborda o contexto da Revolução Islâmica sob uma visível ótica ocidental destacando assim as relações de governos capitalistas do mundo, como da Inglaterra e Estados Unidos em intenso desacordo com a realidade espiritual em que se organiza o governo islâmico. Aqui vemos claramente as diferenças que se estabelecem entre o Poder Econômico do bloco Ocidental, com interesses básicos na exploração do petróleo do Oriente Médio e por outro lado, o Poder Espiritual da Republica Islâmica que não cede às pressões econômicas do mundo ocidental, já que suas intenções estão na manutenção de seu controle espiritual na região.
Dentro do próprio organismo de governo islâmico existem dissidências entre os grupos políticos que por um lado apóiam a abertura ao mercado internacional, os moderados, e por outro, o grupo fundamentalista que até hoje se mantêm em defesa do ideal islâmico, não dando margem a aproximações diplomáticas dos governos ocidentais.
Toda essa perspectiva conflituosa existente no Islã e entre este e o mundo ocidental sempre foi razão de muitas duvidas e curiosidade para os estudantes, que certamente tem dificuldade em compreender as reais causas de tais relações conflituosas, uma vez que fazem parte de um diferente contexto de vida e experiência moral, que sendo democrática sugere uma disponibilidade maior para acordos e interações entre os governos. Desta forma tal reportagem vem contribuir em grande parte para dar subsidio ao entendimento das condições e perspectivas nas quais se compõe estas outras sociedades, distantes, conflituosas e pouco racionais, mas essencialmente espiritualizadas.

Israel e Palestina
A segunda reportagem, da mesma revista Atualidades, edição 10, traz a temática do povo de Israel e dos conflitos na Palestina.
Neste caso vemos dois povos extremamente religiosos, mas com diferentes princípios morais – os Judeus e os Muçulmanos palestinos, que desde a criação do Estado de Israel, em 1948, com a ajuda da ONU, tiveram de conviver e disputar um território dividido entre varias religiões, que por esta mesma razão estimulam suas relações conflituosas.
O texto leva em conta um pouco da historia do povo judeu, que desde a Antiguidade fora perseguido por diversos regimes e impérios, além de ter sido vitima do holocausto, por isso, uma vez que conseguiram se estabelecer na terra de Canaã – a terra prometida aos judeus no Antigo Testamento bíblico, este povo realmente pensava finalmente possuir sua terra “sagrada”.
Entretanto o problema deste território é que desde a formação das primeiras civilizações humanas, este local no qual se encontra a Palestina foi palco de sucessivas conquistas imperiais, resultando na migração de diferentes povos e na expulsão de outros, como aconteceu aos judeus. Em conseqüência disto, até hoje não há acordos possíveis e definitivos ente o povo muçulmano da Palestina e os israelitas para a divisão pacifica desta terra.
A reportagem aborda tal questão além de outros temas que apontam para as estratégias de governo atuais dos políticos de Israel frente às ocupações sistemáticas as áreas de assentamentos palestinos, como a Faixa da Gaza, que é governada pelo grupo islâmico fundamentalista dos Xiitas, e a Cisjordânia, que tem o grupo político moderado, dos Sunitas. Dentro deste conflito étnico e religioso não parece haver solução plausível, uma vez que os acordos tentados são acompanhados de exigências que determinam o exercício completo do poder judaico, o que por conseguinte não pode ser aceito pelos muçulmanos, que também se vêem no direito de ter sua autonomia religiosa, política e econômica neste território.
Por ser uma reportagem dirigida ao público jovem e estudante, procura tratar das questões conflituosas do Oriente Médio com uma linguagem simplificada e um artigo composto com imagens e mapas, assim contribuindo para a construção do conhecimento dos alunos e deixando ao professor um papel interpretativo e argumentador da temática.

No livro didático História em Documentos – Imagem e Texto, 8ª EF, de Joelza Rodrigue, o poder espiritual é tratado com referencias a Força Islâmica e o Fundamentalismo no pós Guerra Fria, o que leva em consideração as distensões dos Conflitos no Oriente Médio.
O livro descreve o Islã como estrutura social que interliga a religião muçulmana com a política. Na esfera do poder político são descritas as diversas correntes de pensamento que se opõem dentro da organização política e religiosa da sociedade, além disto, há rivalidades étnicas, disputas nacionais de fronteiras e interesses econômicos e militares diversos que ocasionam os conflitos neste território.
Há ainda uma breve contextualização sobre a história da Revolução Islâmica e das relações de seu governo com outras nações do mundo Ocidental, além da URSS e Israel.
No capitulo seguinte, o livro vai tratar do Fundamentalismo e das disputas econômicas e territoriais dos diversos povos que sobrevivem nesta região, assim passa a discorrer sobre as tensões relativas ao governo de Sadam Hussein, no Iraque e Kwait e a intervenção militar americana em vista da proteção do mercado internacional do petróleo.

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