Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Filosofia, arte do pensador



Filosofia, a arte do pensador

Pensar em filosofia normalmente leva ao estudante ou cidadão leigo da sociedade a imaginar uma disciplina confusa, abstrata, desconexa e muitas vezes inútil em sua aplicação à realidade. Mas se nos dispusermos a quebrar tais preconceitos e nos abrirmos aos campos do entendimento, veremos uma infinidade de buscas para a explicação de nossa realidade que se tornam essenciais para o entendimento de nossa existência no mundo.

A Filosofia parte do principio do questionamento da realidade, assim como fazia a maiêutica de Sócrates desde a Antiguidade Clássica. Esta disciplina se pauta justamente na fundamentação da razão de nossas vidas, abrangendo aspectos dos fenômenos naturais, da espiritualidade, das transformações nas estruturas sociais, da metodologia cientifica e do conhecimento, enfim, tenta desvendar a esfera universal das relações humanas sob um patamar de explicações que abarcam desde o concreto até o abstrato destas relações.

Num breve retrospecto a Historia da Filosofia, entre seus autores magistrais, vemos diferentes fases históricas nas quais as buscas de princípios e fundamentos da verdade estiveram presentes segundo as necessidades de conhecimento de cada época.

A Antiguidade trazia a mitologia como principio filosófico, onde o mito (é uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma dada cultura. O mito procura explicar a realidade, os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis. Ao mito está associado o rito. O rito é o modo de se pôr em ação o mito na vida do homem - em cerimônias, danças, orações e sacrifícios.)¹ tentava transferir aos deuses uma explicação para os fenômenos da natureza e dos homens.

Em seguida o ser humano passou a fazer parte do limiar da razão, quando os pensadores tentavam explicar os fenômenos naturais e humanos através de experimentações racionais e teóricas, dando inicio à fundamentação cientifica. Desde então varias fases do racionalismo teórico foram se desenvolvendo segundo as necessidades das sociedades humanas.

Neste sentido, com o passar das gerações, novas expectativas filosóficas insurgiram, com diferentes metodologias. A Idade Média trazia uma base cultural pautada na Teologia, com explicações metafísicas para a existência da vida na Terra conforme os desígnios da cristandade. Esta forma de pensamento teocêntrico muitas vezes foi usada como meio de coerção social, mas ainda assim não pôde subjugar o poder da ciência e da razão definitivamente, pois na Baixa Idade Média travou-se uma luta feroz de pensadores e cientistas pela autonomia da razão, o que finalmente conseguiu determinar os novos rumos da Filosofia de uma forma laica e empirista a partir da Modernidade. A Era Moderna trouxe além de um racionalismo determinista, também uma abordagem teórica sobre a ética e a moral, já que a sociedade que passava por mais uma transformação de princípios, precisava de novos parâmetros para estruturar o homem racional. Desde então, a filosofia e a própria essência do homem passaram por diversas fases críticas em relação á seus conceitos.

A ciência como forma de razão provável a todos os fenômenos entra em crise sistemática e assim por diante em questões relevantes aos conceitos fundamentais da existência humana, o que possibilita atualmente uma maior disponibilidade ao questionamento e a abertura dos campos para pensamento crítico dos filósofos.

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